O cenário da renda variável brasileira acaba de registrar um marco importante: o número de mulheres investidoras na B3 – bolsa de valores brasileira – bateu um recorde histórico em 2025. Essa conquista não apenas representa uma mudança de comportamento, mas também reflete o crescimento da educação financeira no país e o poder transformador da autonomia financeira feminina.
Crescimento expressivo: mais de 1,3 milhão de mulheres na renda variável
Segundo dados divulgados pela própria B3, em 2024 houve um aumento de 7% no número de mulheres investindo em renda variável. Nos últimos cinco anos, esse crescimento acumulado ultrapassou 85,6%, consolidando a presença feminina como uma força emergente nos mercados de capitais.
Hoje, mais de 1,3 milhão de brasileiras investem em ações, fundos imobiliários e outros ativos negociados na bolsa — uma marca histórica que revela uma transformação cultural em andamento.
Tesouro Direto também se destaca
Além do avanço na bolsa, o número de mulheres investindo em títulos públicos ultrapassou a marca de 1 milhão pela primeira vez. O Tesouro Direto, com sua proposta de acessibilidade, segurança e rendimento atrelado a índices como Selic e IPCA, tornou-se porta de entrada para muitas novas investidoras.
Quem são essas investidoras?
O perfil das mulheres que investem na bolsa é diverso, mas predominam aquelas entre 25 e 39 anos, totalizando mais de 600 mil. Outras faixas também têm destaque:
- Entre 40 e 59 anos: quase 500 mil investidoras
- A partir dos 60 anos: cerca de 170 mil
- De 18 a 24 anos: mais de 80 mil
- Menores de 18 anos: quase 20 mil — sinal claro de uma nova geração financeiramente ativa
Distribuição geográfica
A maior concentração está no Sudeste, com destaque para:
- São Paulo: 522.124 mulheres
- Rio de Janeiro: 149.206 mulheres
- Minas Gerais: 136.132 mulheres
O Sul vem logo atrás com Paraná (84.407) e Rio Grande do Sul (71.593). No Nordeste, Bahia, Pernambuco e Ceará lideram, enquanto o Centro-Oeste mostra força em Brasília (43.118) e Goiás (35.341).
O comportamento que faz a diferença
As investidoras se destacam não apenas pelo número crescente, mas pela forma como encaram o mercado: com mais preparo, cautela e foco em diversificação. Segundo a B3, as mulheres costumam estudar mais antes de aplicar, adotando estratégias alinhadas ao longo prazo e à gestão de risco — que são fundamentais para uma carteira de sucesso.
O papel da educação financeira
Esse movimento crescente é impulsionado por iniciativas da própria B3 e outras instituições, que vêm promovendo conteúdos gratuitos, trilhas de aprendizado e ações voltadas à inclusão feminina no mercado de investimentos. A educação financeira tem sido o principal catalisador dessa transformação.
Embora ainda sejam minoria na bolsa, as mulheres estão cada vez mais presentes, bem preparadas e conscientes de seu poder como investidoras. Essa tendência não deve desacelerar em 2025 — ao contrário, ela promete continuar sendo uma das grandes forças do mercado financeiro brasileiro nos próximos anos.
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